A ruptura na metodologia educacional

No novo episódio de Conversas Transformadoras, vamos conhecer um pouco mais sobre Edilene Morikawa, sua trajetória na educação e suas inspirações, e a apresentação da inovação na educação através do conceito de “escola aberta”. Não deixe de conferir o conteúdo completo!

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Conceito de escola aberta

Através da indignação e a paixão pelo aprendizado, Edilene percebeu que os livros didáticos e o currículo dos cursos não eram o suficiente para efetivar o aprendizado, e causava um sentimento de impotência. “A grande maioria dos professores tem esse sentimento de situar, se dedicar e muitas vezes buscar recursos materiais para melhorar a sua aula, mas o sentimento sempre vem e bate forte ao ver aquela criança que ainda tem dificuldade, não conseguiu ou está quietinha e a gente não consegue acessar.” diz a professora sobre o que a levou a buscar as mudanças na forma de educar.

Escola aberta é um conceito de educação que propõe uma maior flexibilidade e autonomia para os alunos e professores, permitindo que eles escolham os conteúdos, os métodos e os ritmos de aprendizagem mais adequados às suas necessidades e interesses. A escola aberta também busca promover a integração entre a escola e a comunidade, valorizando as experiências, os saberes e as culturas locais. “ Primeiro eu só coloquei uma faixa que aqui tenho uma escola para e com a família e que as famílias estavam convidadas para conhecer. Eles entravam meio assustados, “mas é particular? Precisa pagar?” (…) Desde o primeiro momento eu dizia, “aqui não vai ter aula, aqui você não vai ser ‘A’ família, a gente não vai trabalhar ‘para’ você, e sim, ‘com’ você.”

Há mudanças no contexto escolar ao mudar de comunidade?

Os alunos podem ter uma maior motivação, interesse e prazer em aprender, pois podem explorar temas que despertem sua curiosidade e sua criatividade. Eles também podem desenvolver competências essenciais como pensamento crítico, comunicação, colaboração e resolução de problemas, pois são estimulados a pesquisar, questionar, argumentar e criar soluções para os desafios que enfrentam. 

Mesmo com um objetivo principal, o modelo de escola e os estudantes mudam de acordo com a comunidade, ainda assim é preciso ter uma boa estrutura para não perder a essência do que é efetivo na escola aberta. Edilene diz que é preciso existir pilares que sustentam esse modelo de educação porque ele não pode ser totalmente volátil, ou nunca conseguirá atingir os resultados esperados, há um projeto bem desenvolvido por trás.

A resistência para uma nova forma de aprender

No entanto, a escola aberta também apresenta algumas desvantagens que devem ser consideradas. Uma delas é a possibilidade de que alguns alunos se sintam perdidos ou desorientados diante da grande oferta de opções e da falta de uma estrutura curricular fixa. Para lidar com esse desafio, é importante que a escola ofereça um apoio pedagógico adequado aos alunos, orientando-os na escolha dos conteúdos e das atividades que melhor atendam aos seus objetivos e expectativas. Edilene diz que em um primeiro momento há o estranhamento dos alunos, “É uma referência de uma cultura que já foi estabelecida muito tempo atrás (…) e obviamente quando chega em um espaço onde não há isso, há um sentimento de “e agora?” mas passa rápido quando percebe-se que cada um será cuidado em sua individualidade.”

Para superar esse obstáculo, é essencial que haja uma comunicação transparente e democrática entre todos os segmentos da comunidade escolar, buscando construir um projeto educativo coletivo e participativo que respeite as diferenças e valorize as potencialidades de cada um.

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