O ensino à distância (EAD) se tornou uma realidade para muitos estudantes e professores durante a pandemia de covid-19. Com o avanço da vacinação e a redução dos casos, surge a questão: como será o futuro do EAD pós-pandemia?
No 21º episódio do Conversas Transformadoras, a convidada especial Betina Von Staa, bacharel em Letras e doutora em Linguística Aplicada, abre a reflexão sobre a utilização da Metodologia Ativa em sala de aula e o papel do EaD nesse processo.
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Uma das tendências que se observa é a continuidade do EAD como uma opção complementar ao ensino presencial, especialmente no ensino superior. Muitas instituições já adotaram o modelo híbrido, que combina aulas online e presenciais, aproveitando os benefícios de cada formato.
Betina diz que já pratica a educação híbrida há um bom tempo e que enxerga os benefícios da prática de aprendizagem e que a metodologia ativa deve acontecer em todo momento, havendo o envolvimento do estudante com os colegas e com o professor. “Metodologias ativas não precisam de tecnologia para acontecer. Metodologia ativa é colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem, inclusive usando tecnologia quando é o caso.”
A educação a distância (EaD) ganhou destaque durante a pandemia de covid-19, como uma forma de garantir a continuidade do ensino e da aprendizagem em um cenário de isolamento social.
A pandemia acelerou o processo de digitalização da educação, exigindo das instituições de ensino uma rápida adaptação às novas demandas e possibilidades. Nesse sentido, a inovação pedagógica e tecnológica se torna um diferencial competitivo e uma estratégia para melhorar a qualidade e a eficiência da EaD, mas ainda foi um grande desafio para os professores durante o período de adaptação para engajar os estudantes às aulas. “(…) Já tinha antes da covid-19, temos mais ainda agora recursos assincronos que são muito mais ricos, que o estudante se envolve com o conteúdo, não é com o professor, vai interagir com o colega, com o tutor (…) Então, ela não deveria afastar o professor do aluno que foi o que aconteceu durante a covid por necessidades sanitárias, mas, aproximar.” diz, a professora Betina sobre o impacto do EaD durante a pandemia.
O EAD é uma modalidade de ensino que veio para ficar no pós-pandemia. Ele oferece oportunidades de educação para diferentes públicos e contextos, mas também exige cuidados com a qualidade e a equidade do ensino online. O futuro do EAD depende da colaboração entre as instituições de ensino, os professores, os alunos e o poder público, buscando sempre a melhoria contínua da educação à distância no Brasil. Betina acrescenta o pensamento sobre o EaD e principalmente, sobre a presença das tecnologias em sala de aula ao dizer que: “(…) O fato de não estarmos preparados durante a pandemia foi um problema muito grande. Quem estava preparado conseguiu fazer coisas melhores, já tinha instrumentos para fazer a avaliação, acompanhamento do aluno. (…) A gestão entendeu que não usar a tecnologia nos deixa expostos para as mudanças do mundo.”
Uma das principais questões é a qualidade da oferta educacional a distância, que deve ser garantida por meio de critérios rigorosos de avaliação, credenciamento e regulação. Além disso, é preciso investir na formação continuada dos professores, na infraestrutura tecnológica e na acessibilidade dos estudantes, especialmente os mais vulneráveis socialmente. Outro aspecto importante é a inovação pedagógica, que deve explorar as potencialidades das ferramentas digitais para promover uma aprendizagem significativa, interativa e colaborativa. A professora acrescenta ainda que é preciso perder o medo da Educação à Distância e das tecnologias e entender quais são os limites dessa modalidade.
O EaD pós pandemia pode ser uma oportunidade para ampliar o acesso à educação de qualidade, desde que sejam superados os obstáculos e as desigualdades que ainda persistem nessa modalidade. E o uso das tecnologias aliadas a sala de aula podem contribuir para a democratização do conhecimento, para a formação de cidadãos críticos e para o desenvolvimento socioeconômico do país.
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