O episódio 14 de Conversas Transformadoras traz o convidado Luciano Sathler que discute o tema Transformações e novas possibilidades para a educação no Brasil. Luciano possui mestrado e doutorado em administração pela universidade de São Paulo e é membro do Conselho Deliberativo do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), reitor do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, membro do Comitê de qualidade de EAD e do Comitê de Educação Básica da Associação Brasileira de Educação a distância.
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“Em uma época em que a informação está disponível, o educador muda o papel dele, em que não é mais o transmissor de informação, e sim um curador, um mobilizador e um articulador para que as pessoas possam realmente aprender. O que é importante é que o corpo docente tenha condições de trabalhar com os alunos e saiba trabalhar com a dedicação, a empatia e o cuidado necessário”. Luciano Sathler
O papel das escolas nos dias de hoje é ensinar o aluno a desenvolver suas percepções de mundo, ensinar seus direitos e deveres com a sociedade, formar cidadãos capazes de transformar a sociedade e torná-la mais justa, além de instruir o aluno para que ele consiga construir uma boa carreira no mercado de trabalho.
Atualmente a escola que não tiver o trabalho como um eixo para a sua ação curricular será alijada do processo, já que é uma necessidade da sociedade e das famílias como um todo. Se faz necessária efetivamente uma transformação da força de trabalho das pessoas para acompanhar as mudanças constantes no mercado de trabalho e a escola tem papel fundamental nisso. Conforme diz Luciano, “Uma escola para ser viva hoje, deve ser uma escola democrática, centrada na aprendizagem e no protagonismo do aluno. É neste ponto em que muda completamente a concepção de escola, que tenha como fundamento principal o ser humano”.
Além disso, a era do Lifelong Learning está aí e aprender constantemente tornou-se uma necessidade irrefutável. E então termos como Reskilling e Upskilling ganham espaço na Escola do Futuro. “A tendência para o futuro é ter microcertificações. Possuir um microcertificado de cada ramificação da área que o indivíduo tiver interesse. E esse conjunto de microcertificados promove o reskilling e upskilling de cada indivíduo para seguir sua trajetória ou mesmo mudar de atuação no campo profissional“.
Upskilling ou aprimoramento se trata de uma adaptação dos colaboradores às mudanças em seus cargos ou papéis na empresa, ou seja, desenvolver-se ou aprimorar-se em um campo em que já possui algum domínio e conhecimento. Já o reskilling ou requalificação está relacionado à aquisição de habilidades que irão preparar o colaborador para uma promoção ou mudança lateral ou, ainda, para assumir novos desafios dentro da sua função atual. Significa, essencialmente, aprender novas habilidades com o objetivo de tornar-se apto a realizar um trabalho diferente, mudar sua rota profissional.
“Precisamos enfatizar trabalhos focados não em empregabilidade, mas em trabalhabilidade justamente porque temos a possibilidade de trabalhar na gig economy – realizar pequenos trabalhos para diversas empresas na mesma semana, em empresas do mundo todo. Sendo assim, o que aprendemos no curso superior, daqui há 5 anos terá de ser reaprendido e é aí que entra o movimento de reskilling e upskilling. E ainda não vamos poder parar de aprender, há muito conhecimento novo, por isso devemos pensar em life long learning, ou seja, educação continuada”, finaliza Luciano Sathler.
Por fim, a Escola do presente deve preparar os alunos para o futuro. Tanto o upskilling quanto o reskilling são conceitos que trazem o mindset de desenvolvimento, seja para crescer na área de atuação ou para investir em uma nova profissão.
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