A agressão, seja ela física ou psicológica, gera um ambiente de angústia e medo na escola. Os professores começam a ter mais dificuldade para obter a atenção dos alunos, o que pode prejudicar o desenvolvimento das aulas. O grande problema é que o bullying pode trazer consequências irreversíveis, e levar até mesmo ao suicídio.
Um estudo recente publicado pelo Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry Home mostrou que adolescentes entre 12 e 15 anos que sofrem bullying na escola têm risco até três vezes maior de tentar o suicídio. Embora aconteça comumente na infância, o impacto do bullying pode durar até a idade adulta. Pesquisas apontam que problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e baixa estima, assombram muitos adultos que já sofreram bullying na infância.
O mês de setembro busca trazer conscientização sobre o suicídio e suas formas de prevenção. O bullying pode matar e discutir esse tema com crianças e adolescentes na escola, tenham elas vivenciado ou não o bullying, é fundamental. Isso porque o cuidado com a saúde mental não deve ser tomado somente em casos de emergência. Conscientização e um tratamento preventivo pode salvar vidas.
Pensando nisso, a iniciativa “Bullying escolar: Possibilidades de intervenções pedagógicas para a superação das desigualdades e injustiças sociais”, idealizada pelo professor Dylehon Silva do Nascimento, na EEF João Ferreira Gadelha (Aracoiaba – CE), tem o intuito de conscientizar os alunos do Ensino Fundamental sobre os impactos da violência e do bullying escolar.
Para conhecer o projeto do professor Dylehon na íntegra, basta clicar aqui
A iniciativa selecionada entre os 350 projetos mais Transformadores do Brasil, pelo Prêmio Professor Transformador, está disponível no Banco de Práticas educacionais do Instituto Significare e tem o propósito de combater e eliminar práticas e condutas sobre manifestações de desrespeito contínuo, caracterizado pelo Bullying. O projeto conta com atividades alinhadas às competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que estimula o estudante a ter domínio sobre os campos emocionais como desenvolver relacionamentos interpessoais, fortalecer seus pontos fracos, desenvolver diversidade e inclusão e sentimentos de autocuidado, autoconhecimento, empatia e compreensão. Ou seja, o intuito do projeto é que os alunos se aceitem do jeito que são e aceitem as diferenças do próximo, além de apresentar estratégias preventivas, no propósito de intervir mediante situações de violência decorrentes na escola.
Trabalhando de modo interdisciplinar, o projeto apresenta diversas manifestações envolvendo bullying escolar, assim como suas causas, consequências, além das reações comportamentais no cotidiano escolar dos sujeitos envolvidos diretamente com tais práticas, como enfrentamento e superação de comportamentos agressivos que afetam a autoestima, saúde emocional e psicológica do educando.
Entre as atividades realizadas no projeto, citam-se palestras com professores, discentes e pais sobre prevenção e combate ao bullying, leituras de diferentes gêneros textuais, como anúncios, entrevistas, canções, cartazes, relatos, tirinhas sobre o tema, exibição de filmes e vídeos, discussões em grupo, atividades de interpretação oral e escrita, dramatizações, palestras com órgãos responsáveis pela temática (CRAS, CREAS, conselho tutelar, profissionais do PSE e PSF), aulas expositivas, pesquisas de campo, além de atividades individuais e em grupo e apresentação do projeto à comunidade escolar.
“Diante a efetivação do projeto pedagógico, buscamos avaliar os educandos de acordo com as atividades desenvolvidas em cada área de conhecimento, enfatizando o processo de CONSTRUÇÃO e RECONSTRUÇÃO”, comenta o professor Dylehon.
A violência escolar é algo que vem passando por várias transformações, tendo em vista que o bullying tem se tornado uma realidade frequente e devastadora na vida dos educandos. Assim, cabe à escola promover conferências, palestras, rodas de conversas e outros instrumentos que conscientizem os agressores, levando-os ao entendimento de que as conseqüências vivenciadas pelas vítimas lesionam o corpo e a alma e sua integridade , sua honra e, por esses motivos, é inaceitável e necessário o combate desse tipo de violação de direitos.
O projeto desenvolveu conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, comunicação, autonomia, aceitação das diferenças, empatia e cooperação nos alunos.
Como setembro é considerado o mês de prevenção ao suicídio, iniciativas como a do Professor Dylehon podem salvar a vida de muitas crianças e adolescentes. Projetos como este transformam a realidade e servem de inspiração para educadores de todo o Brasil.
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