Vivenciamos um século onde a Ciência e a Tecnologia ganham gradativamente cada vez mais espaço, sendo que assuntos referentes à Astronomia estão muito presentes no dia a dia dos indivíduos, seja por meio de noticiários, filmes ou em programas de TV. Estudos apontam que assuntos ligados ao que há fora da Terra, o que é Universo e como ele é constituído causam fascínio em pessoas de diferentes faixas etárias. Uma prova disso é o investimento da indústria cinematográfica em filmes e/ou em séries como, por exemplo, a série Cosmos.
Além disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 1997) destacam a importância de serem estudados conceitos de Astronomia no Ensino Fundamental I e II e também no Ensino Médio. Acredita-se que ao entender conceitos de Astronomia os alunos podem compreender melhor o mundo que os rodeia, bem como muitos dos tópicos apresentados em Geografia, História, Ciências e Matemática. Dessa forma, como sugere a BNCC, o uso de Astronomia como ferramenta de ensino ilustra a interdisciplinaridade existente nessa ciência e como podemos usá-la como ferramenta para iniciação científica dos alunos. Afinal, a Astronomia está presente no currículo de Ciências de diversos países, incluindo o Brasil.
Dessa maneira, incentivando a iniciação científica e a participação em feiras de ciências, o projeto “Escola Olímpica: Processo de aprendizagem através da astronomia”, idealizado pela professora Karina Alves de Melo, utilizou a astronomia como processo de aprendizagem e despertou o interesse pela Ciência e Tecnologia nos alunos da E. E. Vereador Antônio de Ré, em Guarulhos (SP).
Para conhecer o projeto da professora Karina Alves de Melo na íntegra acesse aqui
Por meio de diálogos das aulas de matemática, a professora observou nos alunos o interesse em assuntos relacionados ao Cosmos e em áreas correlatas. A partir disso, os alunos foram convidados para participar da 3ª edição da Feira de Ciências e Engenharia promovida pela prefeitura municipal de Guarulhos (FECEG) que, com o apoio da direção e coordenação da escola, os incentivou a desenvolver projetos com temas relacionados à Ciência e saúde, Astronomia e Física, onde três dos quatro trabalhos apresentados foram laureados com prêmios de destaque e de jovem inovador, o que gerou grande repercussão em toda escola por ser a única escola pública a participar do evento, onde os projetos submetidos concorreram com mais de 50 outros projetos.
Dessa maneira, para dar continuidade ao projeto, foi criado a “Escola Olímpica”, a ação proposta e desenvolvida com alunos de diferentes turmas do Ensino Médio e Fundamental da escola com objetivo de despertar nos alunos o interesse pelas Ciências e estimulá-los a se envolver com as atividades de iniciação científica para, posteriormente, participarem de outros eventos científicos. Tal projeto ressalta a importância de se estudar a astronomia, auxiliadora na compreensão de fenômenos naturais, como a duração dos dias, semanas, meses e anos, contribui para a tecnologia, economia e sociedade e promove conhecimento sobre a ciência tornando possível agir e pensar sobre as suas influências sobre nossas vidas.
Posteriormente, os alunos continuaram engajados e motivados de modo que também participaram da 4ª FECEG, contando com a participação de mais de 100 jovens dessa mesma escola, que se envolveram na realização de 27 trabalhos, no qual a escola foi laureada com 3 prêmios, sendo eles: 1° e 3° lugar na categoria Jovem Destaque e a professora Karina Alves foi agraciada com o Prêmio “Professor Destaque” do ano de 2017 em Guarulhos. Graças à participação pioneira da escola, outras unidades escolares de nível público estadual se sentiram motivadas em participar da 4° edição da feira.
Logo após, a escola também participou da XXI Olímpiada Brasileira de Astronomia (OBA) e da XII Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) de 2018 com 59 alunos participantes, tendo havido a pré-seleção de uma aluna para a preparação da Olimpíadas Internacionais de Astronomia e Astronáutica (OLAA) em 2019.
Portanto, os alunos foram incentivados a serem criativos e contextualizarem temas aprendidos em sala de aula fazendo relações com conhecimentos sobre Astronomia que responde questões fundamentais e impulsiona a inovação. Desse modo, as práticas realizadas fomentam o interesse pela astronomia, astronáutica e ciências afins, promovendo a difusão e construção de conhecimentos de forma lúdica e cooperativa, objetivo que vai ao encontro da proposta da OBA.
A iniciativa da professora Karina Alves de Melo foi selecionada entre os 350 projetos mais Transformadores do Brasil pelo Prêmio Professor Transformador e está disponível no Banco de Práticas do Instituto Significare.
* Por medida de segurança de dados, para acessar os projetos do Banco de Práticas é necessário efetuar cadastro. O processo é rápido e a medida preserva as informações dos autores dos projetos.
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