Em decorrência ao contexto atual que estamos vivenciando, o modelo de aprendizagem educacional tradicional vêem gerando questionamentos sobre sua eficiência, onde práticas estão sendo repensadas e novos métodos para sala de aula estão sendo inseridos. Você já ouviu falar sobre o movimento STEM?
O termo em Inglês STEM (Science, Technology, Engineering, and Mathematics) é uma metodologia que relaciona tecnologia e integração de materiais para uma aprendizagem inovadora. O objetivo é combinar ciências, tecnologia, engenharia e matemática em um modelo de ensino integrado onde a criatividade é um dos estímulos principais. Há também uma variação do STEM que é o STEAM, no qual segue o mesmo conceito, a única diferença é que a área de conhecimento das Artes é integrada. Tais metodologias possibilitam a aprendizagem através de projetos e permitem que características fundamentais sejam desenvolvidas, como a formação de alunos pró-ativos, desenvolvimento da criatividade, pensamento crítico, resolução de problemas e gestão de tempo.
Já imaginou estimular criatividade e inovação de alunos surdos por meio da tecnologia e metodologias como essa?
Com enfoque inclusivo e inovador, o projeto “Movimento Stem aos alunos surdos: estímulos, criatividade e inovação”, idealizado pelo professor Fábio Júnior da Silva Castro, busca despertar conhecimento científico e tecnológico por meio de dinâmicas voltadas à Robótica Educacional e ao Movimento STEM/STEAM tendo como protagonistas alunos surdos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jarbas Passarinho (Sousa), em Belém (PA).
Para conhecer o projeto do professor Fábio Júnior da Silva na íntegra acesse aqui
O projeto foi pensado para alunos surdos do ensino médio, com a ideia de ampliá-lo para outras etapas de ensino, incluindo uma diversidade maior de alunos. O principal objetivo é apresentar estímulos e conceitos básicos sobre atividades makers, colaborativas, inovadoras e criativas que visem o despertar para o conhecimento científico como os ligados ao movimento STEM de modo que os alunos possam criar soluções originais para problemas do contexto social em consonância com as habilidades e competências da BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Assim, o projeto facilitou a compreensão dos conceitos de corrente elétrica e manuseio de ferramentas diversas, por meio de atividades e materiais denominados bits eletrônicos, como também atividades para desmontagem de um componente de lixo eletrônico e atividades de montagem de circuito com arame/papel alumínio. Desse modo, os alunos são estimulados a trabalhar de forma criativa, com materiais desde uma simples tampinha de garrafa até uma plataforma mais complexa de linguagem de programação. Como exemplo, a cultura maker é apresentada a partir do estudo de um objeto simples como um carrinho movido a bexiga feito de papelão até um outro objeto, seja um carrinho ou não, mas que utilize uma plataforma tecnológica mais complexa como placa arduino controlada por bluetooth.
Portando, no percurso, os alunos são levados a pensar e serem o tempo todo
criativos aprendendo conceitos como energia, circuitos eletrônicos, linguagem de programação em bloco (scratch) e outros até finalizar com um protótipo automatizado, passando assim para uma etapa maior que são os desdobramentos, por meio dos quais após os alunos conhecerem diversas ferramentas passam a pensar e solucionar problemas de seus contextos.
A iniciativa do professor Fábio Júnior da Silva promoveu inclusão e diversidade utilizando a tecnologia como solução educacional viabilizando um aprendizado inovador e foi selecionada entre os 350 projetos mais Transformadores do Brasil, pelo Prêmio Professor Transformador e está disponível no Banco de Práticas do Instituto Significare.
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