Como propõe a BNCC, os alunos devem desenvolver a capacidade de “agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”. O desafio é grande, mas o mundo precisa e agradece aos professores e escolas que abraçam o desafio.
Mesmo com currículos que tratam da Educação Ambiental em muitas escolas, desenvolver a consciência ambiental não é tarefa simples, pois existe o desafio de fazer com que os educadores consigam ajudar os estudantes a encontrar uma conexão mais pessoal e significativa, a fim de trazer o tema mais próximo à realidade dos alunos.
Buscando transformar este cenário, professores exploram novos caminhos na intenção de promover a consciência ambiental discente e fomentar reflexões sobre a responsabilidade de cada indivíduo como cidadão.
Sob esta perspectiva, já parou para pensar na quantidade de resíduos de lápis que vão parar no lixo?
A professora Josiele Rosa Motta Sampaio idealizou o projeto “Lápis ecológico” com o propósito de criar um protótipo de lápis reaproveitável que pode gerar uma nova planta. A iniciativa seguiu a metodologia Problem Based Learning (PBL) e desenvolveu responsabilidade socioambiental, sustentabilidade e pensamento científico aos alunos do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora, em Campos dos Goytacazes (RJ).
Para conhecer o projeto da professora Josiele Rosa Motta Sampaio na íntegra acesse aqui
O projeto foi criado em busca de alternativas para destinação correta dos restos de lápis descartados nas salas de aula. Dentro do Makerspace da escola, os estudantes realizaram diversos experimentos com os resíduos de materiais para trabalhar na confecção do protótipo de lápis ecológico, onde a invenção vai além do reuso de materiais: durante as aulas, os alunos descobriram que a Crotalária é eficiente no combate ao Aedes Aegypti, transmissor da Dengue e Chikungunya, e tiveram a ideia de acoplar uma semente dessa espécie de planta ao protótipo do lápis, no compartilhamento onde geralmente fica a borracha. Quando o lápis estiver em tamanho reduzido, após o desgaste do uso, ao invés de ter como destino final a lixeira, poderá ser plantado.
A iniciativa seguiu a metodologia da Aprendizagem Baseada em Problemas, também conhecida pela sigla PBL (Problem Based Learning), que provoca o aprendizado a partir de uma situação-problema, onde o professor tem o papel de intermediário e a resolução do problema deve vir integralmente do estudante ou de seu grupo. De acordo com a professora Josiele Rosa, idealizadora do projeto, esta metodologia ativa faz com que os alunos se tornem muito mais engajados, incentivando-os a investigarem mais a fundo problemas e encontrarem soluções. “É preciso buscar estratégias para tornar cada um de nossos alunos habilidosos para atuarem no século presente (…). É necessário instigar as pessoas para que sejam capazes de resolver problemas, tomar decisões conscientes e pensar de forma criativa, colaborativa e inovadora”, comenta a professora.
Portanto, o projeto desenvolveu responsabilidade e cidadania, empatia, resiliência, determinação e os alunos foram instigados a exercitar a curiosidade intelectual e utilizar as ciências com criticidade e criatividade para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e também criar soluções. Sendo assim, para firmar esta consciência ambiental na sala de aula, é preciso encontrar novos caminhos que aproximem a relevância do tema à realidade dos estudantes. É a partir daí que os alunos desenvolvem a consciência do seu dever como cidadão e sua responsabilidade quanto ao impacto de seus atos no meio ambiente.
Esta incrível iniciativa está disponível no Banco de Práticas do Instituto Significare e foi selecionada entre os 350 projetos mais Transformadores do Brasil pelo Prêmio Professor Transformador. Inspire-se nessa iniciativa e participe da 2ª edição do Prêmio! Acesse https://significare.org.br/premio/ e inscreva o seu projeto.
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